Educação positiva é a melhor opção para criar nossos filhos?

Neste texto eu decidi trazer um assunto que muita gente pede pra eu falar lá no meu Instagram: educação dos filhos. Afinal, qual é o método que eu uso? A educação positiva é a melhor opção? Esse tema é importante e pode gerar confusão na cabeça, por isso vou explicar o que sigo em casa com os meus filhos.

Dois conceitos-chave de educação positiva

Muita coisa que eu gosto na disciplina positiva tem a ver com respeito ao ser humano. Eu acredito que os meus filhos são criaturas feitas por Deus, e dadas por Ele, para que eu possa formar pessoas emocionalmente saudáveis, espiritualmente maduras e conscientes de seus deveres sociais.

Não sei quanto tempo eles terão até a volta de Cristo, mas sei que o privilégio de trabalhar junto com o Senhor na criação dos meus pequeninos é o que tenho nas mãos. Nós, pais, somos responsáveis pela formação do caráter deles, só que eles não pertencem a mim, mas sim a Deus. Então, não adianta eu colocar as minhas expectativas na educação dos filhos. Eles são criaturas diferentes de mim em muitos aspectos, têm pensamentos particulares, vontades próprias e gosto pessoais.

Então, por que eu gosto da disciplina positiva? Há dois pontos principais que me levam a optar por esse modelo de educação dos filhos.

1. “Respeito é bom e eu gosto!”

A educação positiva é um modelo em que o respeito mútuo é o ponto principal. É, basicamente, respeitar a criança como um todo, o corpo dela, os sentimentos dela e as decisões dela. Existem regras, mas elas não anulam o que o outro sente.

Isso quer dizer que a criança vai ser tratada de igual para igual? Eu acredito que os pais são os protagonistas da educação dos filhos e o fato de respeitar e amar eles quer dizer que não vou agir com violência, não vou bater, gritar ou xingar porque respeito ele. Contudo, Deus me deu a função de gerar e educar, então existe hierarquia na família e meu marido e eu somos superiores, aqueles que mandam na casa.

Somos responsáveis pela provisão, alimentação, segurança, entretenimento e formação. Então, sim, somos ambos dignos de respeito, mas existe uma hierarquia na casa e ela deve ser seguida.

2. Criança deve ter autonomia

Outro ponto que eu gosto bastante é que as crianças devem ser encorajadas, estimuladas e validadas pelas ações e intenções. Para muitos pais é impensável a criança comer sozinha, porque suja tudo e faz bagunça, ou então ajudar na cozinha, porque vai se cortar e até atrapalhar a agilidade nos processo. Na educação positiva, essas atividades são incentivadas, pois isso mostra à criança como ela é capaz sim de aprender e fazer novas funções.

É mostrar que ela é capaz de fazer mais coisas do que ela pensa. Isso fortalece demais a autoestima do indivíduo e é um fator importante para mim e para a minha família. Eu trabalho com mulheres, vocês sabem disso, então falar sobre esse tema tem a ver com a percepção que a gente tem desde a infância até a fase adulta.

Claro que acidentes na cozinha, por exemplo, podem acontecer, mas o papel do pai e da mãe é alertar a criança a tomar cuidado e explicar os motivos. Privá-la de fazer a atividade só vai gerar frustração, insegurança e atrapalhar o amadurecimento. Então, ao invés de falar “sai para lá e deixa que eu faço isso sozinha”, que tal dizer “você pode ajudar a mamãe aqui na cozinha, pois sua ajuda é muito importante”?

Como acertar na educação dos filhos?

Como muitas mães me perguntam sobre qual é a base da minha educação, se uso Montessori, Waldorf ou se aplico a disciplina positiva, decidi esclarecer o assunto, pois há muitas confusões acerca do tema. A maioria das pessoas que me seguem nas redes sociais é mulher, de forma geral, e muitas mães de um ou dois filhos. E todas querem acertar na educação dos filhos, não é mesmo? Eu também!

Todas queremos entregar o nosso melhor, investir o máximo que podemos na educação dos nossos pequenos e fazê-los felizes hoje e para sempre. E, obviamente, com tanta informação e troca de experiências, somos bombardeadas de diversos tipos de conhecimentos e culturas, e chega um momento em que a gente olha e parece que está com um catálogo de loja nas mãos. 

Quando você olha esse negócio que parece uma prateleira cheia de coisa, você pensa assim “gente, tem isso, tem aquilo, tem aquilo outro, qual eu escolho? O que eu faço com a minha criança?“. As mães ficam se sentindo perdidas. 

Eu sinto que nessas propostas modernas de educação a criança é mais importante do que os pais, porque não podemos contrariá-las em nada. Isso é um trauma para nós pais e me faz cair na risada só de pensar. Afinal, para mim, não faz sentido nenhum. A gente acha que tudo é permanente na educação, mas os primeiros anos passam e o importante é planejar a formação de caráter do filho a longo prazo, refletindo sobre personalidade e o impacto da vida adulta. 

Acredite, todas nós vamos errar e isso precisa ficar claro! Eu não sei tudo. Você não sabe tudo. Nem Diane Nelson, psicóloga, mãe de sete filhos e a precursora da disciplina positiva sabe tudo. Por isso, separei 4 pontos sobre como é a educação dos meus filhos:

1. Rotina, para o quê te quero?

Uma das primeiras coisas que a gente aprendeu com nossas crianças quando ainda eram pequenas é que elas precisam de rotina, horários regulares e uma sequência de ações. A previsibilidade deixa elas mais tranquilas. Organize a agenda e defina horários para dormir, comer, brincar, usar a tecnologia, estudar e por aí vai.

2. Boa intenção é o que vale?

O que mata as nossas boas intenções são as pessoas dando palpite em tudo ou, basicamente, “colocando o nariz onde não foram chamadas”, como diz o ditado popular. Lembro que me diziam que criança não podia brincar com brinquedos de plástico, só madeira orgânica, até que uma vez o Theodoro ganhou legos e eu fiquei sem saber o que fazer, até que liberei.

Também falavam que só podia dar comida orgânica, até que a vovó lhe ofereceu pão doce e bolo cheio de açúcar pela primeira vez e ele se encantou. Ter flexibilidade para criança aprender que, sim, existem princípios e que, sim, existem normas, mas a vida tem seus momentos de adaptação e flexibilidade.

3. Servir ou ser servida, eis a questão

Esse ponto diz respeito a colocar valor nas coisas que a criança faz para que ela se sinta parte do organismo familiar, pois ela não é uma pessoa que está ali só para ser servida ou ser explorada. Ela faz parte da família e esse pertencimento evidencia que ela tem funções, deveres e necessidades, assim como cada membro da casa.

4. Quem dita as regras, os pais ou as crianças?

As regras são claras e não mudam, nem com o papai e nem com a mamãe. Essa união nas decisões da casa ajudam as crianças a entenderem as hierarquias. Com direcionamentos definidos e constância, elas entendem que existe uma disciplina naquele ambiente. Elas não precisam ser chantageadas, não precisam apanhar nem ser premiadas, porque as coisas precisam ser feitas de acordo com as regras. 

A educação positiva é a melhor opção para educar os filhos?

Para mim e para a minha família, sim, há muita coisa que torna a educação positiva a melhor opção para educar os meus filhos. Contudo, ela não é a única nem a mais importante. Como mãe cristã, a Bíblia Sagrada é o que conduz a minha vida e o meu principal guia para a educação dos pequeninos. Há vários conceitos pedagógicos e educativos, porém mais importante é agradar a Deus do que ao mundo. Então, sinta-se reconfortada e conduza a maternidade com mais leveza, assim, sua vida será mais feliz e a experiência dos seus filhos será extraordinária.

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